Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus – Dia Mundial da Paz.

29/12/2020

“OBSERVAR”, “CONSERVAR” e “MEDITAR”Lc 2,16-21 – Solenidade de Santa Maria, mãe de Deus –  Dia Mundial da Paz !  – Neste dia, a liturgia nos coloca diante de diversas temáticas: celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus; em segundo, temos o Dia Mundial da Paz! Finalmente, é o primeiro dia do ano civil. Todos cenários marcados por formas próprias de celebrar. Foquemos nosso olhar no Evangelho que a Liturgia oferece. O  texto de Lc 2,16-21 revela como a chegada do Novo traz alegria e esperança aos pobres e marginalizados. Maria, a mulher que proporcionou a encarnação de Jesus, mostra a atitude necessária para bem viver o novo: “observar, conservar, meditar”. O texto do Evangelho de hoje é a continuação do que foi lido na noite de Natal. Após o anúncio do “anjo do Senhor”, os pastores, os “cuidadores de animais” do turno noturno, dirigiram-se  a Belém e encontraram o menino, envolto em faixas e deitado na manjedoura de um estábulo de animais.  Certamente não se trata de uma reportagem do nascimento de Jesus. O evangelista  busca anunciar quem é esse menino e qual a missão. A informação  desta “boa notícia” ser dada, em primeiro lugar, aos pastores, sinaliza para a prioridade da proposta de Jesus: os pobres e marginalizados,  as pessoas que a religião oficial de então excluía e condenava. Aliás, tudo no natal é ruptura com a ordem estabelecida. Os pastores, depois de escutarem a “boa nova” do nascimento do libertador, se dirigem “apressadamente” ao encontro do menino. A palavra “apressadamente” não é gratuita. Os pobres e os marginalizados necessitam, com urgência, da ação libertadora de Deus. Vendo o menino e sua mãe, no chão concreto da vida que eles bem conhecem, começam a glorificar e louvar a Deus. Olham o cenário e contemplam o mistério que se revela na simplicidade. Finalmente, olhemos para Maria, centro da festa do dia 1º de janeiro. Ela “conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”. Uma mãe com seu filho recém nascido, desvela-se em cuidados e atenções. Aqui Maria é apresentada com traços bem próprios: “observar”, “conservar” e “meditar” é a sensibilidade necessária para entender os mistérios de Deus que se revelam em tantos sinais, por vezes sinais desconcertantes. Neste dia mundial da Paz, em que o Papa Francisco nos escreve sua grande mensagem sobre a cultura do cuidado como percurso de paz, a figura de Maria é a melhor inspiração para cultivarmos a “cultura do cuidado” e assim alcançarmos a paz tão almejada. Ir. Zenilda Luzia Petry – FSJ