Saboreando a Palavra

28/08/2018

Dia 15/07/2018
“Evangelizar pelo testemunho” – Mc 6,7-13 – O Evangelho do 15º domingo do TC está em continuidade ao do domingo precedente. Então Jesus nada pode fazer em sua cidade por causa da dureza de coração dos seus contemporâneos. No Evangelho deste domingo temos a “cartilha do missionário”. Jesus reúne os seus e os envia em missão, mas não de qualquer jeito. Para colaborar no projeto de construção do Reino e prolongar a missão de Jesus, os discípulos deverão cuidar de seu estilo de vida. Se a Evangelização não for acompanhada do testemunho de um estilo de vida, os evangelizadores poderão realizar muitas coisas, mas não contribuirão para introduzir no mundo o espírito de Jesus. Marcos recorda algumas recomendações de Jesus. Em primeiro lugar devem assumir “autoridade sobre os espíritos impuros”. Não significa autoridade sobre as pessoas, mas sobre o poder do mal. Para que o Reino de Deus se realize, o espírito do mal precisa ser banido: espírito de ódio, de acúmulo de bens, de violência, de fechamento, de competição, de corrupção, o espírito que desumaniza, que impede as pessoas de crescerem na liberdade e na fraternidade. E recomendou-lhes que levassem “bastão” e “sandálias”, símbolos da itinerância. O Evangelizador deve estar sempre a caminho, não se prender a nada e a ninguém. Não levar “nem pão nem alforje, nem dinheiro”, ou seja, não viver obcecados pela segurança, a sobrevivência. “Não levarão duas túnicas”. Vestir-se com a simplicidade dos pobres. Não trarão vestes sagradas como os sacerdotes do Templo, nem se vestirão como eremitas no deserto. Serão profetas no meio do povo. Levar apenas aquilo que seja imprescindível, que possa favorecer a agilidade e o testemunho. Levar consigo o fundamental: o modo de ser de Jesus, sua Palavra e sua Autoridade. Jesus não recomenda o que “devem levar” para que a missão seja eficaz, como bem sabemos fazer hoje. Os discípulos devem ser revestidos da “autoridade de Jesus para expulsar espíritos maus”. Como discípulos-missionários hoje, conseguimos seguir a “cartilha missionária” traçada por Jesus? Enquanto Congregação, que tem a missão de “difundir no universo o Deus da Misericórdia”, que já está presente em frentes missionárias e sonhando com novas, que estilo de vida devemos adotar? Jesus imagina seus seguidores livres de ataduras, identificados com os últimos, com confiança total em Deus, vivendo e revelando a misericórdia divina. Ir. Zenilda Luzia Petry – FSJ