Memória de todos os fiéis defuntos – 02/11

30/10/2025

Esperando o Senhor voltar – Lc 12, 35-40 – Finados – Celebramos hoje a memória de todos os Fiéis Defuntos, uma oportunidade de reacender nossa fé na ressurreição e reavivar as lembranças de nossos entes queridos que já fizeram sua Páscoa. Na liturgia deste dia há uma riqueza de possibilidade nas leituras. Seguimos a indicação da CNBB. A primeira leitura nos coloca em contato com o personagem Jó, retrato de todos os que sofrem e vivem uma profunda crise de fé. Mas em sua teimosa resistência, confessa sua fidelidade: “depois de consumida a minha pele, em minha carne verei a Deus”. Na segunda leitura temos a afirmação fundamental da nossa fé cristã: “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram”. Como Jesus ressuscitou, todos ressuscitaremos. Assim sendo, a celebração deste dia deve nos levar, não apenas a chorar pelos entes queridos que morreram, mas é uma oportunidade de viver a certeza da ressurreição com Jesus, Senhor da História. O Evangelho vai apresentar pistas de como bem viver em vista deste fim que nos conduzirá à vida plena. Inicia dizendo: “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas” A imagem dos “rins cingidos” indica a imediata disponibilidade para cumprir uma missão. As “lâmpadas acesas” traz a ideia de prontidão vigilante. Disponibilidade e prontidão são atitudes fundamentais para os seguidores de Jesus. Os discípulos devem estar sempre vigilantes, pois são servos, como aqueles que esperam a volta de seu senhor que foi à festa de casamento. Pode demorar, mas se o senhor chegar e encontrar seus servos vigilantes, seja a hora que for, haverá o prolongamento da festa de casamento.  Vai ocorrer uma inversão na função dos personagens: o Senhor é quem vai cingir seus rins e fará os servos sentar-se à mesa e vai servi-los com alegria! Assim Jesus revela o rosto de Deus: aquele que vem servir por amor e nos desperta o amor pelo serviço! Na segunda breve história, a vigilância centra-se no dono da casa, que deve impedir que o ladrão roube seus bens. A comparação entre o ladrão e o Filho do Homem pode causar um certo mal-estar. Mas, tanto a chegada do ladrão quanto a chegada do Filho do Homem é imprevisível. Daí a necessidade de estar preparados. O apelo de Jesus à vigilância é de extrema atualidade e urgência. Nos chama a despertar da indiferença, da distração, da superficialidade, do descuido da nossa vida de fé, da falta de cuidado da mãe terra, do tempo que se gasta nas redes sociais, da conduta na autorreferencialidade…. Que estejamos de prontidão “esperando o Senhor voltar”. E Ele voltou, volta e voltará de muitas formas. Ele já voltou para os que fizeram sua travessia. E vai voltar e espera que estejamos vigilantes, pois não sabemos o dia a hora e também não sabemos de que forma ele se apresentará. Importa que estejamos na espera vigilante de quem se coloca na alegria de servir e amar! Ir. Zenilda Luzia Petry – FSJ

 

 

 

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