Madre Alphonsa Kuborn nasceu a 10 de março e 1830, em Mertert, Grão Ducado de Luxemburgo. Viveu sua infância e juventude com o coração voltado aos pobres e sofredores. Era dada às obras de caridade, ao estudo e à vida interior, destacando-se de suas colegas da mesma idade. Aos 23 anos atendeu ao apelo do Senhor, “filha deixa a casa do teu pai…” ingressou na Vida Religiosa, se fez Irmã Elisabetina. Seu coração e toda a sua vida era movida pela compaixão e pelo ardente amor a Jesus Cristo Pobre e Crucificado. Como Religiosa Consagrada, dedicou sua vida aos doentes, pobres e necessitados. Em 1867, desejosa de ser fiel às inspirações do Senhor, aceitou o desafio de deixar a Congregação das Irmãs Elisabetinas e assumiu a missão de orientar e conduzir na Vida Religiosa, cinco moças que desejavam servir o Senhor em um outro modo de vida. Surgiu assim a Congregação das Irmãs da Misericórdia da Terceira Ordem de São Francisco de Assis, hoje, Irmãs Franciscanas de São José.
Em Schweich/ Alemanha, havia cinco senhoras que pretendiam viver vida consagrada na espiritualidade franciscana. Buscava-se uma Religiosa que pudesse orientá-las. Por indicação de seu Irmão Pe. Mathias Kuborn, o bispo convidou a jovem Irmã Alphonsa para ser orientadora destas cinco senhoras. Em discernimento com a então Superiora Geral das Irmãs Elizabetinas, recebeu a autorização de ir e ouviu um conselho materno: vai e se não for esta a vontade de Deus, volte logo. O espírito franciscano sempre esteve presente no coração da Fundadora, principalmente, em relação à pobreza, humildade e amor a Deus e ao próximo. Orienta as cinco senhoras no espírito destes valores convicções e virtudes da Vida Religiosa Consagrada Franciscana. Aos poucos, algumas do grupo já se dedicavam ao cuidado de doentes na casa que ficou, conhecida como “Sommergasse” em cuja obra investiram seus próprios bens.
Madre Alphonsa tinha uma habilidade incrível de lidar e superar as adversidades. Transformou experiências negativas em aprendizado e oportunidade de mudança. Isto ela repassava às Irmãs. Muitas vezes foi envolvida por maledicências, calúnias e viu sua obra ameaçada. Quando julgou necessário, abriu processo contra o que sabia ser injusto. Tinha firmeza de propósito, firmeza esta que brotava de sua vida de oração. Enfrentou os problemas com justa flexibilidade, mantendo a sua integridade. Cuidou também de não culpar os outros pelos seus erros.