Saboreando a Palavra
Festa de Cristo Rei – Mt 25, 31-46
Estamos encerrando o ano Litúrgico e celebrando a festa de Cristo Rei. Com este domingo encerra-se o ciclo litúrgico denominado Ano A, no qual lemos o Evangelho de Mateus.
Se buscarmos algumas chaves de leitura para este evangelho, vamos encontrar uma rica variedade de portas de acesso. Uma delas é a do Emanuel, o Deus conosco, presente no inicio, no meio e no fim do Evangelho (cf. 1,23; 18,20; 28,20). Este Emanuel – Deus conosco – vai se identificando com os PEQUENINOS, outra chave de leitura. Mas uma das portas de acesso mais evidentes é a questão das OBRAS, do FAZER, do realizar AÇÕES concretas. Jesus, em Mateus, não julga as pessoas simplesmente pelo amor ou pelas práticas religiosas. Não é quem diz Senhor, Senhor, que entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai (Mt 7,21). Ou ainda: Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus (5,16).
A parábola do “juízo final” (Mt 2,31-46) é uma descrição grandiosa da última palavra sobre as história humana. Ali estão pessoas de todas as raças e povos, de todas as culturas e religiões. Vai ser ouvida a última palavra que definirá tudo.
O que vai decidir a sorte final não é a religião praticada, nem a fé confessada. O decisivo é o CUIDADO com os que sofrem e necessitam de nossa ajuda. As OBRAS em favor dos pequenos, dos excluídos, daqueles com os quais Jesus se identificou é que vão nos dar o acesso ao Reino.
Ir. Zenilda Luzia Petry – IFSJ