Saboreando a Palavra
Uma Igreja em saída – Mt 28,16-20
Celebramos neste domingo, dia 31 de maio, a festa da Santíssima Trindade. Poderíamos nos debruçar em contemplar este grande Mistério do Deus Uno e Trino. Como é insondável, podemos contemplar a beleza da comunhão, da igualdade, das ações, das relações que habitam no seio deste Mistério maior. Os teólogos, por mais de dois mil anos, chegam apenas a balbuciar algumas palavras sobre esta verdade. É mistério insondável. Então guardemos um silêncio reverente diante desta grandeza infinita.
E neste silêncio, silêncio que proclama palavras de vida eterna, olhemos para o Evangelho de Mt 28,16-20, que a Liturgia oferece. Mateus descreve a despedida de Jesus dando orientações que vão nortear a missão dos discípulos para sempre. O ponto de partida é a Galiléia, para onde Jesus enviara os seus após a ressurreição. Foi lá que eles ouviram falar de Deus e do seu Reino, que aprenderam a curar e a praticar a misericórdia, a acolher os excluídos e oferecer perdão. Agora Jesus lhes indica, com precisão, qual há de ser a missão. Não só “ensinar doutrinas”, mas devem se colocar “em saída”, cuidando de “dar testemunho do ressuscitado”, “proclamar o Evangelho”, “criar comunidades”. Mas acima de tudo, “devem fazer discípulos”, atrair novos seguidores deste projeto do Pai. Esta é a missão de uma Igreja “em saída”: fazer seguidores de Jesus, “em nome do Pai, o Filho e Espírito Santo”. E Jesus conclui prometendo sua presença e ajuda constante. “Eis que eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos”. Esta é fonte da alegria cristã.
E nesta liturgia deste domingo podemos confessar: a Trindade Santa, suprema saída de si e total doação, amor relação em plenitude, é origem e razão de ser de uma “Igreja em saída”.
Ir. Zenilda Luzia Petry – IFSJ
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