Saboreando a Palavra

28/08/2018

Mãe de Deus – Lc 2,16-21 – A liturgia deste 1º de janeiro dia comemora várias realidades: a solenidade da Mãe de Deus, o Dia Mundial da Paz, o primeiro dia do ano de 2016. As Leituras são muito propícias, mas mais uma vez nos deteremos no Evangelho, um dos textos das narrativas da Infância que Lucas, o artista da Palavra, apresenta em toda a sua beleza e teologia. Lc 2,16-21 apresenta Maria em sua plenitude de mãe do menino, de serva da Palavra, de participante do evento da salvação.
Jesus é o libertador, que veio ao mundo com uma mensagem de salvação para todos, mas especialmente para os pobres e marginalizados. Entre estes estão os pastores, os primeiros a receberem a notícia, que ”apressadamente” vão ao encontro do menino, saem, glorificam e louvam a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido.
A figura de destaque, porém, é de Maria, aquela que ”conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”. A atitude de Maria é única. Enquanto os pastores saem glorificando e todos “que ouviram ficam admirados” (v.18), de Maria não se diz que “ficou admirada”, mas que “guardava o que ouviu”. Dos pastores e demais ouvintes não se afirma que levaram avante a investigação, a compreensão e adesão à proposta trazida por este Menino. Admiração pode até ser algo passageiro, sem maiores consequências. Talvez a eles se possa aplicar a frase de Lc 8,13: “ouvem e acolhem a palavra com alegria, mas não tem raízes”. Pelo contrário, Maria é como os que “ouvindo a palavra com um coração bom e generoso, conservam-na em um coração sincero e bom” (Lc 8,15). A mãe de Jesus é aquela que interioriza e aprofunda os acontecimentos, assume as consequências do seu sim, permanece fiel à revelação manifestada no nascimento de Jesus.
Dia 1º de janeiro é também o Dia Mundial da Paz. ”Vence a indiferença e conquista a paz” é o tema escolhido pelo Papa para o quadragésimo nono dia mundial da Paz. ”A indiferença em relação às chagas do nosso tempo é uma das causas principais da falta de paz no mundo. A indiferença hoje é muitas vezes ligada a diversas formas de individualismo que produzem isolamento, ignorância, egoísmo e, por conseguinte, falta de compromisso. A paz deve ser conquistada… Trata-se de sensibilizar e formar ao sentido de responsabilidade relativo a questões gravíssimas que afligem a família humana, como o fundamentalismo e os seus massacres, as perseguições por causa da fé e da etnia, as violações da liberdade e dos direitos dos povos, a exploração e a escravização das pessoas, a corrupção e o crime organizado, as guerras e o drama dos refugiados e dos migrantes forçados”.
Ir. Zenilda Luzia Petry – IFSJ

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