Solenidade de São Pedro e São Paulo

01/07/2022

Solenidade de S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos – Mt 16,13-19- A Solenidade de São Pedro e São Paulo substitui a liturgia do 14º Domingo do Tempo Comum, no qual se lê o Evangelho de Lc 10,1-12.17-20, o Evangelho do “envio missionário”.

Para a Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrada no calendário no dia 29 de Junho,  a Igreja nos convida a ler, refletir e rezar o texto de Mt 16,13-19, a  conhecida narrativa da “confissão de fé de Pedro”. Além deste relato, a Liturgia da Palavra deste dia traz leituras que destacam a missão das duas “colunas da Igreja”, Pedro e Paulo. Ambos revestidos de uma autoridade incontestável, homens de muita fraqueza humana, mas plenificados pela força do Espírito, grandes arautos da Boa Nova de Jesus.

A primeira leitura, de At 12,1-11, tem Pedro como personagem central. Perseguido e preso, é libertado de forma prodigiosa, com a missão de guiar e confirmar os irmãos na fé. Pedro era natural de Betsaida, onde exercia a profissão de pescador. Chamado por Jesus, deixou tudo e, não sem dificuldades, tornou-se discípulo. É uma das primeiras testemunhas de Jesus ressuscitado e, como arauto do Evangelho, aos poucos toma consciência da necessidade de abrir a Igreja aos gentios (cf At 10-11).

A segunda Leitura, de 2Tm 4,6-8.17-18, traz como que o “testamento de Paulo”, no qual ele revela sua consciência de “missão cumprida”. Paulo de Tarso, o convicto perseguidor dos “seguidores do Caminho”, converteu-se no caminho de Damasco. Tornou-se o grande anunciador do Evangelho, rompendo toda e qualquer barreira e fronteira.

Pedro e Paulo, depois de terem sofrido toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma. Seu sangue deu solidez às colunas da Igreja nascente em Roma.

            O Evangelho de hoje é narrado pelos sinóticos, mesmo com diferenças significativas. Nesta solenidade lemos o Evangelho de Mateus, certamente pelo destaque dado à missão de Pedro. Do ponto de vista literário, o texto consta de duas partes: a) a resposta de Pedro à pergunta de Jesus, (vv. 13-16); b) a promessa do poder e da entrega das chaves a Pedro (vv. 17-19). O diálogo de Jesus com os discípulos e a resposta de Pedro são comuns aos demais evangelistas. A diferença está na  segunda parte, acréscimo exclusivo de Mateus, em que Jesus declara:  “eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja”, o que revela que a comunidade de Mateus já se compreende como Igreja, como “eclesia”, informação esta também presente em Mt 18,17.

            A função que Jesus confere a Pedro, de presidir a Igreja, nada tem de mérito pessoal, pois  “não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu” (v.17). A  messianidade de Jesus é o fundamento da Igreja. Pedro é “pedra” porque confessa que Jesus é o Messias, o Servo Sofredor, doado, crucificado.

            Neste sentido, somos felizes e estamos jubilosos com a atual rocha  sobre a qual nossa Igreja navega pelo mundo. Deus abençoa e protege nosso querido Papa Francisco. Ir. Zenilda Luzia Petry – FSJ